quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Evento

Oficina debate criação de Plano Nacional para conservação de cavernas

Evento, que prossegue até o próssimo dia 16, acontece na Sociedade Semear e tem apoio da Semarh

Aracaju está sediando a II Oficina sobre Pesquisa em Áreas Cársticas nas sub-bacias da região do rio Pajeú e região do rio São Francisco, nos estados de Pernambuco, Alagoas e Sergipe. O evento, realizado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (Cecav)/Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, foi aberto nesta terça-feira, 14, na Sociedade Semear, com o apoio da Secretaria do Estado e do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh).

A oficina, que começou nesta terça-feira a prossegue até o dia 16 deste mês, tem como objetivo a criação do Plano de Ação Nacional para Conservação do Patrimônio Espeleológico nas Áreas Cársticas da Bacia do Rio São Francisco. Como também debater as principais questões que afetam a dinâmica e conservação do Patrimônio Espeleológico em curto, médio e longo prazo e possíveis propostas para construção do futuro desejável, em uma perspectiva de desenvolvimento sustentável.

Durante o primeiro dia de oficina foram explanadas informações sobre o processo de construção dos Planos de Ação, a apresentação institucional do Cecav e do documento norteador do plano de ação, a contextualização do tema Espeleologia na região de Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Assim como um debate sobre as tempestades de ideias, identificando problemas e potencialidades que evidenciam os fatores positivos que auxiliam para a conservação do patrimônio espeleológico.

Durante a capacitação, a analista ambiental da Cecav, Rita de Cássia Surraje, abordou para os membros a questão sobre a criação do Plano de Ação Nacional. Destacou que é um instrumento de gestão para conservação da biodiversidade, tendo como objetivo pactuar com diferentes atores institucionais estratégias para recuperação e conservação de espécies, ecossistemas e biomas. Mencionou também que o Plano de Ação da Bacia do rio São Francisco busca medidas para a proteção, conservação e uso sustentável do Patrimônio Espeleológico, por meio de um conjunto de ações com potencial de gerar resultados em curto prazo e outras que demandam prazos maiores.

O programa tem por objetivo desenvolver estratégia nacional de conservação e uso sustentável do Patrimônio Espeleológico, permitindo assim a abordagem por bacia hidrográfica que trata não somente o ambiente físico e biótico cavernícola, mas também a sua área de influência e as relações econômicas e sociais.

A analista ambiental da Cecav destacou ainda as cavidades naturais subterrâneas que podem ser compreendidas como componentes de um sistema denominado carste, que é um tipo de paisagem onde o intemperismo químico, através da dissolução da rocha encaixante, determina as formas de relevo. No Brasil, segundo Rita de Cássia, estima-se que haja cerca de 100 mil cavernas, distribuídas em extensas regiões.

Rita de Cássia destacou ainda as ameaças ao Patrimônio Espeleológico, onde as regiões cársticas são bastantes vulneráveis e os acidentes geológicos podem ocorrer tanto sob condições naturais, quanto podem ser acelerados por diversas atividades antrópicas.

“Nossa expectativa é que hoje tenhamos uma oficina bastante construtiva, que realmente possamos prever metas e ações para poder então avaliar as implementações dessas ações, e a partir daí podermos chegar a uma conclusão de termos avançados na conservação do Patrimônio Espeleológico brasileiro, principalmente na bacia do Rio São Francisco”, disse o chefe da Cecav, Jocy Cruz.

O secretário do Meio Ambiente, Genival Nunes, destacou a importância da Semarh participar e apoiar a oficina por debater os aspectos das cavernas na região do baixo São Francisco. “A discussão da criação do Plano de Ação Nacional para Conservação do Patrimônio Espeleológico nas Áreas Cársticas da Bacia do Rio São Francisco é uma ferramenta importante no sentido de convocar os diferentes setores ao debate, confrontando opiniões, na busca pelo estabelecimento de um ponto em comum e, principalmente, visando acordar compromissos voltados à conservação do patrimônio espeleológico”, frisou.

Participantes

Participaram da reunião técnicos da Semarh, Adema, Codise, UFS, Ibama/AL, UFPE, UFPB, FEPAL/AL, CPRH/PE, UFLA/MG, IPHAN, DNPM, Comitês de Bacias, o Centro da Terra Grupo Espeleológico de Sergipe, membros da Cecav/ICMBIO e Sociedade Semear

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